Ruy Barbosa

De mais vivo esplendor que o diadema
Dos opulentos cezares de antanho
Vê-se-lhe á fronte augusta o fulvo estemma
Do genio, como sol de lume estranho.

Vultuoso ser que, ultrapassando a extrema
Deste amado Brasil, rico e tamanho,
Lá fóra fulgurou — preciosa gemma —
Como aurea joia que deixasse o banho...

Qual o condor remonta-se ao Hymalaia,
Alcandorou-se na aza do Talento,
Nessa tertulia do saber, em Haya.

E do alto, então, num gesto sobranceiro,
Mostrou a Patria, como um monumento,
Aos olhos pasmos do Universo inteiro.

Arco iris (1923); As Armas e as Letras do Paraná; Diario da Tarde (28/02/1910); Album do Paraná nº 10-11 (1920); Itiberê nº 47 (MAR/1923)

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