Cantar-te, D. Flor de meigos olhos pardos.
Eis-me, pois, outra vez no ról que abandonara
Dos loucos menestreis, dos infelizes bardos.
Apupe-me — que importa! — a burguezia ignara,
Irei, pés a sangrar, o caminho tem cardos,
Por ti, Dama gracil, cujo olhar fina xara
Traspassa o coração como aguçados dardos.
Pró Bello e pró Amor, volta um soldado à linha...
Acaso póde alguem fugir a tentação
De uns olhos de mulher radiantes como um astro?...
Nem Satanaz, talvez... Quem se não amesquinha
E não n’a segue, emfim, arfante o coração,
Qual cobra pelo chão a se esfregar de rastro?...
Arco iris (1923); Diario da Tarde (08/03/1907), como “Jansen de Capistrano”
Nenhum comentário:
Postar um comentário