Ora de rubro barbaro que ideia
Dá do sangue que o tysico vomita,
Ou faz lembrar a chamma que se alteia
Numa ameaça á abobada infinita...
Ora de negro — viuvinha, cheia
De saudade, a guaiar sua desdita —
Ou de branco, de azul, de verde-veia,
Ou de amarello gyrasol que grita...
E por vezes num misto... como um iris,
Chapéo em forma de um enorme pires,
Passa, cheirando a resedá e sandalo.
E nos lança ao passar, como a serpente,
Quadris a ondear, acanalhadamente,
Lubrico olhar como cartel de escandalo.
Bizarrias (1908); Poesia Paranaense em 1908; A Bomba nº 12 (30/09/1913)
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