A aurora surge... Da meiga passarada
Ouve-se o canto calmo e dulçuroso.
Canto que conduz a alma lacerada
E o coração dolente e desditoso.
A um mundo de prazer... Pela explanada
Um pegureiro passa jubiloso
Cantando uma quadrinha apaixonada
Uma quadra de amor, prazer e goso.
E’ uma formosa scena deslumbrante
Que a minha penna debil, vacillante,
Não pode descrever inteiramente...
Mas para completar tão linda scena
Faltam teus olhos bellos ó morena,
E a tua doce voz surprehendente.
Sapo nº 40 (11/12/1898)
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