A agua é de prata e o sol — rutilo facho —
Põe-lhe scintillações de quando em quando;
São as margens cercadas de quebracho
Onde alvas garças pousam descançando.
Volvo os olhos ao ar e, voando, acho
Das bellas aranquans um bello bando...
E lá me vou contente, rio abaixo,
O meu berço querido demandando.
Que ineffavel prazer quando se volta!
A gente ri, a gente canta, a gente
Parece um passarinho que se solta!
A saudade se esvae, fogem as magoas,
E o coração, que tanto chora ausente,
Canta como a sereia á flor das agoas.
Arco iris(1923); Diario da Tarde (18/11/1909), com a nota “Outubro de 1909”
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