Será nossa união
. . . . . . . . .
o duetto . . . .
de um astro e um coração.
Demosthenes de Olinda
. . . . . . . . .
o duetto . . . .
de um astro e um coração.
Demosthenes de Olinda
Somos noivos, emfim!
Casar-nos-emos quando
o alegre passaredo
andar cantarolando
pelas virentes copas do arvoredo.
Chegada a primavera,
a terra aberta em flores,
iremos ambos nós--doce chimera--
por uma estrada cheia de fulgores,
em direção á ermida
que se avista de cá e cujo carrilhão
pela manhã convida
os fieis á oração.
A' porta o velho cura
virá nos receber
rindo, talvez, porque nossa ventura
faz almas sans vibrarem de prazer.
Em presença do altar
contrictos ambos nós,
ao chão pregado o olhar,
murmuraremos o recebo a vós.
E pelo do hymineu sagrado laço
unidos, afinal,
voltaremos de braço,
venturoso casal,
pela mesma estrada
cheia de fulgores
ouvindo alem a alegre passarada
cantar feliz uma canção de amores.
Jansen de Capistrano
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