Victorioso

Por essa dama de apagados olhos
Que me é agora indifferente, doudo
Do amor, pisando sobre chão de abrolhos,
Eu me bati com singular denodo.

Como guerreiro que não teme a morte,
Enfrentei, peito a peito, mil rivaes,
Vencendo-os todos com meu braço forte,
Pondo-os por terra para nunca mais...

Cada justa valeu-me uma victoria,
Cada prelio um triumpho me valeu!
Outro que tal fizesse de memoria
Não me occorre, o “record” bati-o eu!

Entretanto, esse amor que me era escudo
E parecia ser eterno, alfim
Rolou por terra, como rola tudo,
E nem saudades me deixou a mim!

Arco iris (1923); Itiberê nº 39/41 (SET/1922)

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