alegria me dás! que goso experimento
por ter-te ao lado meu, formosa como santa
que deixasse por mim o azul do firmamento!
Por tua bocca de flôr aos meus ouvidos canta
o amor, todo carinho; e mais eu me acorrento
dia a dia a esse olhar cujo fulgor encanta
como estrella a brilhar de momento a momento!
No meu isolamento, este lar que habitamos
tinha a desolação da floresta sombria
sem um ninho siquer, sem passaros nos ramos!
A’ tua vinda, porém, um milagre se fez:
Pude sorver emfim, o vinho da alegria
e comtigo viver na doce embriaguez!
Itiberê nº 65 (SET/1924)
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