Mysteriosa mulher que tem da estrella
D’alva o fulgor, o encanto, a seducção.
Em vão hei procurado comprehendel-a,
Ha sido todo o meu esforço em vão.
Antes eu nunca viésse a conhecel-a,
Ser-me-ia bem melhor, ao menos não
Tivera agora, meio a meio, pela
Setta do amor, varado o coração.
Desconhecendo-a desconheceria
Os desdens, os arrufos e o ciume,
Cujo aguilhão o peito nos cruscia...
Nem procurára desvendar o enima
D’alma d’Essa que, como extranho lume,
Aureo fulgor empresta á minha rima.
Diario da Tarde (31/01/1903)
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