Ao Dircinio Juran
A noite que passou levei-a toda em sonhos.
A princípio a fulgir numa pompa de huri,
Entre ephebos gentis de semblantes risonhos
E damas como flor, num castello te vi.
Depois, presos ao chão os teus olhos tristonhos
De copioso chorar — ninguem perto de ti...
Estavas, como quem pensamentos medonhos
Não pode, amal do esforço, afastal-os de si.
Assim... eu quanta vez, dentro de um sonho bello,
Num remigio vou ter ao radioso castello
Em que mora o prazer numa plaga bendita...
E quanta vez tambem, como o balão que ao solo
De immensa altura cae, sonhando mesmo, rolo
Dos braços da Ventura aos braços da Desdita!
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