Ri às bandeiras despregadas, ri
Esquecido, o infeliz, de que os revezes,
Como bandidos, andam por aí...
O meu é assim. Após mêses e mêses
Passar chorando, basta ao pé de ti
Me vêr para olvidar as acres fezes
Das tôrvas amarguras que sofri.
A saudade é um punhal. Quando distante
Estás de mim, êsse punhal, afeito
A ferir, me golpeia, lacerante.
Mas, se te avisto, eis o meu mal desfeito:
Sinto, qual se endoidasse num instante,
Rindo e cantando o coração no peito!
A Noticia (20/12/07), com o título “Soneto”;
Commercio do Paraná (22/05/1921), com o título “Transformação”
Nenhum comentário:
Postar um comentário