contemplar-te a bellesa peregrina,
ó morena gentil do meu cuidado
de olhos de estrella cuja luz fascina:
Por toda parte busco-te, o meu fado
cumprindo assim, por que não foge á sina
quem veio ao mundo, como eu vim, talhado
para soffrer de amor a dor mofina!
Onde te escondes tu, que não consigo
ver-te o perfil de cysne sobre a clara
agoa do lago a deslisar feliz?
Onde te escondes tu, que este castigo
cruel me dàs de te não ver a rara
formosura lendaria das huris?!
Itiberê nº 53/54 (SET-OUT/1923)
Nenhum comentário:
Postar um comentário