Chove e o trovão que ás vezes pelo espaço
Ribomba n’uma furia exasperada,
Traz-me a lembrança o tetrico fracasso
De uma casa a cahir, desmoronada...
Como entendia o lugubre compasso
Da agua a bater nas pedras da calçada!
Cada vez chove mais!.. Quanto embaraço
Causa esta chuva desapiedada...
Elza me espera e a hora se approxima.
Tenho de ir vel-a e emtanto não me anima
A sahir este grande temporal...
O que fazer?... Faltar?... Oh! não! que importa
Esta chuva cruel que a alma recorta
Se Ella é o meu Sol, a minha luz astral?...
Azul (1900)
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