Prazer momentaneo

Quando casualmente eu fito o firmamento
Em noites de luar,
Esqueço o meu pezar, esqueço o meu tormento,
E começo a cantar

Uma doce canção que outr’ora com Corina
Eu contente cantava
Emquanto a lua bella, placida e divina
Pelo céo deslizava...

E me recordo então do meu feliz passado,
Passado tão ditoso!
E ainda penso ouvir o canto modulado
Daquelle anjo formoso.

Aquella voz suave, doce e enternecida
Que me alegrava outr’ora...
De minh’amante bella, casta e estremecida
A meiga voz sonora
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Mas quando a lua vai nas nuvens se escondendo
E a terra fica escura,
Sinto no peito meu o coração gemendo
E volta-me a tortura!

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