Contraste (2)

Quando dos labios soltas um sorriso,
Te contemplo, donzela, loucamente;
E julgo então ser o mundo um paraíso,
Onde vivo te amando eternamente.

Mas si vejo estampados no teu rosto
Indicios de um pezar agudo e forte,
Sinto em min’alma um intimo desgosto,
Que pouco a pouco me vai dando a morte.

Almanach Paranaense (1899)

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