Canção patriótica

Quando passou o regimento
Ao som vibrante do clarim,
Meu coração, nesse momento,
Louco pulsou dentro de mim.
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Como era bello ver-se o porte
Marcial daquella gente ousada
Que caminhava para a morte
Em defensão da Patria amada
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta--ra-ra...

Ao vento, arfando, como um peito,
Em cada dobra, o pavilhão,
Dir-se-ia que sentira o effeito
Da affronta vil feita á Nação.
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Cada soldado era um valente
Dentro de um sonho de victoria,
Por isso que ia aquella gente
Buscar a morte que dá gloria.
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Transpunha já nossa fronteira
O imigo audaz e, vendo-o assim,
A alma da Patria ergue-se inteira
Ao som vibrante do clarim
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Meu noivo foi também á guerra...
Morreus? Que importa, si morrer
Em defensão da amada terra
E’ muito mais do que viver?!
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Vencido, o imigo audacioso
Retrocedeu como um poltrão,
Vendo fluctuar, victorioso,
O nosso amado pavilhão
Ta-ra-ta-ra-...-ta-ra-ta-ra...

Commercio do Paraná (30/01/1921), como “Marinho Serra”

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