“Eia, corsel! Alé!..” Fogoso empina
No ar a cabeça o bello poldro ouvindo
O audaz convite, e, celere, premindo
O freio, parte a disparada... A crina
No espaço voa... o vento silva!.. Infindo
Goso a Amazona varonil domina...
Quer correr mais... mais, muito mais! e a fina
Chibata vibra no corsel, sorrindo!..
E redobra a carreira, estrada a fora,
No luzido alazão que quando a espora
Sente, espumeja e doudo espinoteia.
...Alfim desapparece, de repente,
Deixando vêr atraz de si somente
Uma nuvem subtil de fina areia.
Azul (1900)
Nenhum comentário:
Postar um comentário